terça-feira, 14 de abril de 2009

Brasil integrará grupo de credores do FMI


O Brasil foi convidado, e aceitou, fazer parte do grupo de países membros do Fundo Monetário Internacional (FMI) que financiam regularmente as operações do organismo, informou o ministro da Fazenda, Guido Mantega.


A iniciativa, antecipada pela Reuters , mostra o reconhecimento da solidez do país, segundo Mantega. Serão colocados à disposição do Fundo 4,5 bilhões de dólares, valor equivalente à cota do Brasil no organismo, mas o ministro acha que "muito dificilmente" o aporte chegará a esse montante."Eu estou aceitando esse convite do fundo", disse Mantega em rápida entrevista à imprensa. "Para nós é importante, nós estaremos do lado daqueles que vão contribuir com recursos para financiar outros países."


Mantega esclareceu que a entrada no chamado plano de transações financeiras do FMI não anula a decisão do Brasil de fazer um aporte adicional ao organismo, como parte de um esforço internacional para elevar a capacidade de financiamento do fundo em meio à crise global.

Segundo Mantega, o FMI criará um título específico a ser adquirido pelos países dispostos a fazer contribuições adicionais. Dessa forma, os financiamentos não impactarão o volume das reservas desses países."Agora estamos só entrando no clube de credores do FMI", disse Mantega.


O Brasil já integrou o plano de transações financeiras do FMI nos anos 80. A volta do país ao mecanismo --do qual atualmente 47 dos 185 membros fazem parte-- deverá ser formalizada até o final deste mês, segundo a Fazenda.

2 comentários:

  1. É um passo muito grande para o Brasil. Finalmente.

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  2. Eu acho muito bonito falar por aí que agora o Brasil faz parte dos Credores do FMI, mas não sei se esta foi uma decisão muito acertada no Ministro. Devemos levar em conta o déficit, por exemplo, da saúde e da segurança pública, ou seja, um país que não investe como deveria em infra-estrutura decerto não deveria investir em programas de outros países. No mínimo não seria justo.
    Outro fator que deve ser apontado é a "freiada" no crédito do BNDES (devido à crise internacional), de modo que inúmeras empresas estão congelando processos de expansão que gerariam, por exemplo, novos empregos e desenvolvimento na região onde atuam.
    Esta é uma decisão que, na minha opinião, caberia mais discussão antes de simplismente ser aceita!

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